CANONIZAÇÃO | Carlo Acutis não foi um santo como os outros. Apaixonado por tecnologia, ele fez da internet seu campo de evangelização. Morreu em 2006, aos 15 anos, vítima de uma leucemia fulminante. Desde então, sua fé e legado inspiram milhões ao redor do mundo.
Para ser canonizado, a Igreja exige a comprovação de dois milagres. O primeiro aconteceu no Brasil, em 2013. Matheus Lins Vianna, de seis anos, sofria de uma doença congênita rara — pâncreas anular — que o impedia de se alimentar normalmente. Em Campo Grande (MS), ao tocar em uma relíquia de Carlo Acutis exposta na Capela de Nossa Senhora Aparecida, o menino fez um pedido simples: “Quero parar de vomitar”. Naquela mesma noite, ele comeu sem passar mal. Dias depois, exames confirmaram a cura completa e inexplicável. O milagre foi reconhecido em 2020, permitindo sua beatificação.
O segundo milagre, necessário para a canonização, envolveu Valéria Valverde, estudante da Costa Rica. Em 2022, após um grave acidente de bicicleta na Itália, ela entrou em coma com traumatismo craniano. Sua mãe foi até o túmulo de Carlo, em Assis, e deixou um bilhete pedindo sua cura. No mesmo dia, Valéria começou a respirar sozinha e, em pouco tempo, teve uma recuperação completa e sem sequelas. O Vaticano reconheceu o milagre em maio de 2024.
A canonização de Carlo Acutis foi celebrada em 7 de setembro de 2025, na Praça de São Pedro, pelo Papa Leão XIV, após o falecimento do Papa Francisco. O evento marcou um novo capítulo na história da Igreja, que declarou santo um jovem que provou que a fé também pode florescer no mundo digital. Carlo é hoje símbolo de espiritualidade moderna, esperança e santidade acessível às novas gerações.
Fonte: CARAS / Foto: Site Carlo Acutis