Por Luiz Resende - Economista
A falta de alimentos se agravou na pandemia. Na América Latina e no Caribe, o número de pessoas em situação de insegurança alimentar praticamente quadruplicou, de acordo com estimativas do WFP (Programa Mundial de Alimentos da ONU).
A tragédia atinge quase 16 milhões de pessoas na região. A situação de fome, segundo o WFP, é determinada quando 20% dos lares enfrenta escassez de alimentos, 30% das crianças sofrem de mal nutrição e as mortes por inanição atingem 2 a cada 10 mil pessoas (insegurança alimentar é um estágio anterior ao da fome).
O fechamento de escolas por causa da pandemia é um dos motivos que levaram ao agravamento da situação. Em comunicado conjunto, a Unicef e o WFP informaram que cerca de 370 milhões de crianças deixaram de receber 40% das refeições que faziam nos colégios. Quase 40 bilhões de merendas foram cortadas em todo o mundo.
Na América do Sul, a Venezuela é apontada como o país mais fragilizado, e na América Central, o Haiti está na pior situação.
Na Argentina o índice de pobreza já atingiu 30% da população, agravado pelas medidas de fechamento da economia adotadas pelo governo e a falta de dinheiro para as políticas de auxílio a população menos favorecidas.
Fonte: Revista Exame