Israel aceita fazer 'pausas' militares de 4 horas por dia no norte de Gaza

09/11/2023 as 17:54
GUERRA | Segundo a Casa Branca, pausas permitirão que pessoas fujam das hostilidades.
Israel aceitou realizar pausas 'militares' de quatro horas por dia no norte de Gaza para permitir que as pessoas fujam das hostilidades, disse a Casa Branca nesta quinta-feira (8).

“Os israelenses nos disseram que não haverá operações militares nestas áreas durante a pausa e que este processo começa hoje”, disse John Kirby porta-voz da Casa Branca.

As pausas, que serão anunciadas com três horas de antecedência, surgiram de discussões entre autoridades dos EUA e de Israel nos últimos dias, incluindo conversas que o presidente dos EUA, Joe Biden, teve com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acrescentou Kirby.

Kirby considerou a notícia um "passo na direção certa".

“Achamos que estes são primeiros passos significativos aqui e obviamente queremos que continuem enquanto forem necessários”, acrescentou.

De acordo com a CNN, as pausas acontecerão em vizinhanças e bairros específicos.

Israel destacou que as pausas não significam o fim do conflito com o Hamas.
"Não há cessar-fogo, repito, não há cessar-fogo. O que estamos fazendo, essa janela de quatro horas, são pausas táticas e locais para ajuda humanitária", disse o porta-voz do Exército, tenente-coronel Richard Hecht.
O Departamento de Estado dos EUA disse dois corredores humanitários permitirão que as pessoas fujam de áreas de hostilidades no norte de Gaza, acrescentando que é fundamental que os suprimentos humanitários e a assistência sejam expandidos nas áreas para onde as pessoas estão se movendo.
Outras negociações
Também segundo a Casa Branca, Biden está pressionando Netanyahu a fazer pausas humanitárias e pediu "uma pausa de mais de três dias" no conflito.

Em Doha, os chefes da CIA e da agência de inteligência Mossad de Israel reuniram-se com o primeiro-ministro do Catar para discutir um possível acordo sobre os reféns, disse uma autoridade dos EUA à Reuters, falando sob condição de anonimato. O Catar serviu como mediador com o Hamas no passado.
Fonte: g1