Por Redação 98, em Teófilo Otoni
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, em cerimônia que certificou 43 escolas cívico-militares, realizada no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (24), que índios querem produzir em suas terras e que, no vale do Rio Cotingo, em Roraima, as comunidades indígenas poderiam construir "quatro ou cinco hidrelétricas" caso seja alterada a legislação hoje existente no país.
"Eu sobrevoei o vale do rio Cotingo, do nosso estado de Roraima. Lá tem um rio, com volume de água considerável, que tem esse volume quase que permanente o ano todo. Doze quilômetros por uma cota de 600 metros. Depois, pousei na aldeia flexal, Raposa Serra do Sol. O que eles pediram pra mim? Primeira coisa: internet. Não querem mais outra coisa. Internet em primeiro lugar. E pediram para nós, através de uma senhora, ou senhorita, que deveria ter uns 25 anos de idade, que (avance) aquele projeto que nasceu no ministério das Minas e Energia permitindo que os indígenas façam em sua terra o que um fazendeiro faz na terra vizinha deles. (Eles querem) poder trabalhar sua terra. Eles podem fazer ali naquela área, prezado Ciro (Nogueira, ministro da Casa Civil), quatro ou cinco hidrelétr?icas. Não teríamos problema de abastecer toda a região Norte e parte da região Nordeste. Em vez de nós estarmos fazendo um grande sacrifício, conseguimos a liberação agora de fazer um linhão de Manaus para Roraima, podíamos estar fazendo de Roraima pra Manaus", afirmou.
O presidente também afirmou que as terras indígenas poderiam também fornecer ao país de suprimentos para a produção de fertilizantes.
"Estamos com problema sério de fertilizantes. Estamos trabalhando via secretaria especial do almirante Rocha em alternativas para a crise dos fertilizantes. Mas temos potássio em abundância onde? Na Foz do rio Madeira. E não temos como tirar potássio de lá por qual motivo? Área indígena", reclamou.
Foto: Isac Nóbrega/PR/ Agência Brasil
