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Com: Elder Sena

Investidor do Atlético-MG, Rafael Menin revela dívida atual e prevê orçamento "duro" em 2025

03/12/2024 as 17:36
O Atlético-MG se prepara para um 2025 desafiador após um ano de altos e baixos. Com dois jogos restantes no Brasileirão para assegurar vaga na Sul-Americana, o planejamento da próxima temporada já está em curso. Rafael Menin, um dos investidores do clube, detalhou em entrevista ao ge a situação financeira e as projeções para o futuro, prevendo um orçamento apertado, especialmente sem a Libertadores.

Segundo Menin, o planejamento começou há dois meses e considera dois cenários: um com Libertadores, permitindo mais folga orçamentária, e outro mais restrito, caso o clube fique fora da competição continental. Apesar disso, o clube deve manter a filosofia de continuidade no elenco, apostando em ajustes pontuais e reforços estratégicos.

Situação financeira
A SAF do Atlético, que investiu R$ 913 milhões no ano passado, usou quase metade desse valor para quitar dívidas da Arena MRV. A dívida geral, que ultrapassava R$ 2 bilhões, foi reduzida para pouco mais de R$ 1 bilhão. Ao longo do ano, novos aportes foram realizados, incluindo R$ 200 milhões do empresário Daniel Vorcaro. Entretanto, nem todos os recursos esperados, como os R$ 100 milhões do FIGA, foram arrecadados, e Rubens Menin precisou complementar.

Apesar dos avanços, Menin destacou que a situação financeira ainda exige cautela. O clube investiu cerca de R$ 500 milhões anuais no futebol nos últimos anos, mas busca equilibrar desempenho esportivo e sustentabilidade financeira. “Ainda temos uma despesa elevada com juros, e nosso foco é reduzir a dívida gradualmente para, no futuro, aumentar o orçamento com responsabilidade”, explicou.

Retrospectiva do ano
Menin também avaliou o desempenho esportivo de 2023. O Galo foi campeão mineiro sobre o Cruzeiro e finalista da Copa do Brasil e da Libertadores, mas decepcionou no Brasileirão. Ele mencionou os desfalques constantes como fator para a inconsistência no campeonato nacional e lamentou a derrota para o Flamengo na final da Copa do Brasil, realizada na Arena MRV.

“A perda foi muito triste, seria o primeiro grande título na nova casa. Mas disputar finais, seja na Copa do Brasil ou na Libertadores, mostra a competitividade do clube. É melhor chegar longe do que ser eliminado antes”, concluiu.
Fonte: GE (Globo Esporte)