Bolsonaro veta recurso para pavimentação da BR-367, obra que lançou em dezembro

29/04/2021 as 11:28
Apenas quatro meses após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter lançado a pedra fundamental para a pavimentação da BR–367, entre Salto da Divisa e Jacinto, no Vale do Jequitinhonha, ele mesmo vetou os investimentos previstos no Orçamento deste ano para a rodovia.
A decisão, publicada no “Diário Oficial da União” da semana passada, caiu como um balde de água fria para milhares de motoristas que trafegam pelo trecho de mais de 60 km de terra batida em uma das regiões mais pobres do Estado

Parlamentares mineiros cobram do governo uma nova fonte de recurso para a obra e prometem até mesmo uma articulação para derrubar o veto presidencial no Congresso.

Em dezembro, Bolsonaro esteve em Jacinto, município de 13 mil habitantes que fica próximo da divisa com a Bahia, ao lado de duas dezenas de políticos mineiros, para anunciar que o asfalto aguardado há mais de 50 anos chegaria à BR–367.
A promessa do governo era investir R$ 157 milhões para pavimentar o trecho que vai até Salto da Divisa e tem grande movimento de carros e caminhões (principalmente os que carregam eucalipto e abastecem as fábricas de celulose na região). A previsão do governo era que a obra durasse dois anos e fosse finalizada ainda em 2022.

“Essa obra chega em boa hora, há muito ela foi prometida e, lamentavelmente, a obra não chegou aqui. E agora vai chegar em nosso governo. Importante concluir obras e fazer aquelas que podemos concluir ao longo do nosso mandato, não deixar para depois”, afirmou Bolsonaro durante a visita.


Atrasos
A pavimentação da BR–367 foi prometida pela primeira vez pelo então presidente Luiz Inácio Lula (PT), em 2010. A obra chegou a ser incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e os projetos executivos começaram a ser executados.

No entanto, bloqueios de verbas no Orçamento e problemas com a liberação de licenças ambientais foram adiando a chegada do asfalto por mais de uma década. Até hoje, os motoristas que passam pelo trecho enfrentam uma rodovia em péssimas condições, de terra batida e esburacada. Em período chuvoso, o trecho fica praticamente inviável.

Fonte: O tempo